Brasil vence o Our Generation e Portugal fica no quase no JESC
Geórgia sagra-se campeã do festival mirim da EBU pela quarta vez; no festival mirim organizado pela Rússia, Madagascar também vence o festival (no televoto)
Hoje o dia foi das crianças pelo planeta. Portugal e Brasil concorreram nos dois festivais mirins com temas relacionados à espiritualidade e a esperança, diante de um ano como esta sendo 2024. “100% Deus” e “Esperança” foram as canções que as delegações dos países enviaram aos festivais da EBU (JESC) e da televisão russa (Our Generation).
Pelo começo da tarde, a canção gospel de Augusto Carvalho venceu o premio do júri em Moscou. Augusto tem apenas 12 anos, mas é considerado no meio da canção gospel uma revelação e tanto. A vitória, aliás, o consagra como primeiro brasileiro vencedor do festival (que começou apenas no ano passado).
A outra canção campeã do Our Generation é de Madagascar, Filamatra Matokia representou o país africano com a canção Iray (Juntos). Neste festival criado pela televisão russa, em parceria com a TV Brics, os talentos mirins também compõem - e isso é uma das regras que a diferenciam do festival mirim da EBU.
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Brasil venceu, já Portugal (e a Europa) ficaram em choque
No festival Eurovision Júnior, o público ficou em choque: Portugal era a grandiosa favorita. Victoria, uma cantora de origem venezuelana, trouxe a “Esperança” em Madrid e conquistou o televoto - mas não foi suficiente para os jurados, que condecoraram a canção da Geórgia, sobre uma homenagem as mães como a grande vencedora do júri e do prêmio em si com uma pequena diferença de 26 pontos entre elas.
A 23ª edição do festival precisou ser drásticamente reduzida devido à forte enchente na Espanha às vésperas do show; contou também com recursos de Inteligência Artificial (as quais a EBU até cogitou em banir, mas recuou); falta de interatividade com as crianças e as delegações e, por fim, uma grande questão: quando a EBU vai demitir o Martin Osterdahl? Vaiado nos ensaios gerais, ele mal apareceu na apresentação formal dos resultados.
Geórgia quer sediar, mas EBU pode pensar em Portugal
A televisão da Geórgia afirmou com todas as letras que irá organizar a edição de 2025, mesmo sabendo das incertezas em relação ao país - que organizou uma eleição polarizada, com vitória do atual governo crítico ao ocidente e pró Moscou. Mas a EBU pode não querer isso e ceder pra Portugal a honra do país sede se as tensões aumentarem - e isso pode trazer questionamentos sobre porque razões um país em conflito novamente venceria o júri e, por consequencia, uma edição do festival da EBU.
Desta forma, os fãs portugueses sentem ainda uma pontinha da Esperança de receberem na sua terra o festival mirim, após testemunharem a melhor prestação da breve história do JESC - e do que Portugal daqui pra frente terá de continuar: a apostar na nova geração vinda do Sul (como Brasil e Venezuela).