Overhead: Da Estrada ao Palco
A banda de Bauru conta histórias e divide experiências sobre seus últimos trabalhos
A banda Overhead, conhecida por sua energia contagiante e letras que retratam o cotidiano, completa uma década de estrada com muito rock'n'roll. Em uma conversa exclusiva, os músicos compartilham detalhes dos processos criativos por trás dos álbuns "Na Madrugada de Bar em Bar" e "Ao Vivo no Vitória Rock". Do barulho das estradas às emoções de um show, a Overhead nos leva em uma jornada musical repleta de histórias e aventuras.
Histórias estas que foram contadas pelo grupo, onde eles revelam os bastidores da produção dos álbuns, desde a criação das músicas até as aventuras nos palcos. Prepare-se para conhecer mais sobre a sonoridade única da Overhead e descobrir o que esperar dos próximos projetos.
Deste último disco de estúdio, há uma canção que destaco, “BR da Morte”, que retrata a história de um caminhoneiro que percorre as estradas à noite e percebe situações e cenários típicos das viagens em rodovias. Como foi esse processo de pensar em contar as histórias vividas nas estradas e, também, a experiência de registrar um disco ao vivo depois, no Vitória Rock?
Jean Ricardo: Tivemos a ideia louca de colocar a banda dentro do baú do caminhão, pensa no calor que estava (risos)... fazer uma festa na carroceria de um caminhão. Sobre a música, pensamos em algo com bom humor, o que já é uma marca registrada da banda, fugindo de um aspecto dark que muitas vezes algumas bandas de rock buscam. O álbum ao vivo foi uma surpresa pra nós, pois iríamos fazer um teste, e no fim, se tornou essa obra que vocês podem ouvir nas plataformas de música.
Como vocês podem detalhar as diferenças da experiência de criar, de produzir um disco de estúdio com o registro de um disco ao vivo, com a plateia cantando e curtindo o show?
Bruno Biondo: A experiência tem pontos parecidos entre si, mas também existem coisas bem distintas. A criação de um álbum em estúdio você consegue fazer tudo com mais detalhes possíveis que a sua imaginação consegue criar. Já o Ao Vivo, a sensação é mais intensa onde a adrenalina está a milhão. As coisas fluem ao vivo mais natural e no extinto do momento. Mas as duas experiências são as mais satisfatórias que um músico pode sentir, tanto de registrar em estúdio, toda a sua ideia central de um contexto de álbum, quanto no ao vivo em reproduzir isso tudo junto com a energia do palco e do pessoal que está assistindo e curtindo o som.
Tem alguma história interessante ou engraçada que aconteceu durante a gravação de "Na Madrugada de Bar em Bar" ou no "Ao Vivo no Vitória Rock"? Como vocês lidam com a improvisação e a interação com o público em shows ao vivo?
Jean Ricardo: Tivemos um problema grave durante a gravação do Ao Vivo, grave mesmo (risos). A captação do baixo não chegava até a mesa de som principal, e a nossa equipe se virou nos 30 com um procedimento para que todo o trabalho não fosse em vão. Foram momentos difíceis, pois nos preparamos muito para essa gravação, e fizemos o show na incerteza se iria rolar a nossa gravação. Finalizamos o show, foi maravilhoso o calor do público que nos fez esquecer desse “pequeno detalhe” (risos). E após isso iniciamos o processo de mixagem da captação, e graças a capacidade técnica da nossa equipe, tivemos êxito no final da mix, com o resultado que vocês conferiram nas plataformas digitais.
Como vocês veem a evolução da sonoridade da banda ao longo dos trabalhos e das apresentações ao longo destes 10 anos de estrada?
Jean Ricardo: A evolução musical que a banda teve desde o primeiro álbum até hoje, nos dá segurança e confiança entre os músicos para realizar improvisos. Podemos dizer a cada show, solos e algumas frases são únicos, e o calor que sentimos vindo do público sempre é um combustível pra nós.
Poderiam dar algumas pistas sobre os próximos projetos de estúdio e ao vivo da banda?
Jean Ricardo: Esse ano iniciaremos a gravação de um novo álbum, que será bem peculiar, 4 músicas autorais inéditas. E ele irá retratar nossas influências dentro do Rock. Aguardem!